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terça-feira, 12 de julho de 2005

Faltam três dias - 5

Há um momento em que saio da livraria e vou em frente como se a miríade de ralos que canta em Atenas, de manhã à noite, jamais me saísse da cabeça. Olho para o fundo da rua, encaro o estranho alinhamento dos choupos e observo as frontarias das casas que quase ousam tocar no céu. É esse outro livro que então me convoca. Um livro de vistas onde a errância do olhar cria a sua própria felicidade alfabética. Entendo o sortilégio e sorrio. Afinal, não é preciso ler todas as páginas que nos rodeiam. Essa angústia já a superei há muito, muito tempo.