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sexta-feira, 15 de abril de 2005

A epistemologia do “andar por aí”

Ontem fui a uma sessão com a presença do filósofo José Gil. António Guerreiro, um dos apresentadores da sessão, estabeleceu, a certa altura, uma relação entre a frase do fim-de-semana passado, da autoria de Santana Lopes - “Vou andar por aí” -, com o que aparece escrito na página 85 (da primeira edição de O Portugal, Hoje, - O Medo de Existir): “O que faz então o português esperto? Nada. Anda por aí”.
Seguiu-se uma gargalhada geral naquela sala. Subitamente, toda a assembleia descobria que somos um país de filósofos a ver se consegue exprimir-se. É esta a actual e branda arquitectura do novo “Portugal dos Pequeninos”, o tal que, em pedra e cal, ainda jaz na Santa Clara coimbrã.