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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2005

Só fumaça

Portugal é fértil em soluções jurídicas que afirmam A e ao mesmo tempo o seu contrário. Basta um requerimentozinho a uma autarquia para que a excepção se torne campeã entre regras. Para deixar as coisas como estão, não valia a pena conceber sequer uma nova lei. E para imaginar um diploma que mudasse, bastava copiar o irlandês. Agora, assim, é para rirmos. Todos. Fumadores activos, passivos e os outros. Mas esta solução era inevitável, tão portuguesa porque tão vizinha daquele “deixa andar” levemente incomodado com as chatas das mudanças que se sentem “lá fora”.