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terça-feira, 21 de dezembro de 2004

Confissão em tempo de festas

Todos os anos é o mesmo.
Um exercício de renovação, uma prática de reencontro, um emaranhado de afectos em torno do tempo e do esquecimento.
Com mais ou menos consumo e luzinhas - só faz bem cumprir os rituais -, este período resiste às inércias, às agressividades menores, às vitimizações e - esperemos - ao mau humor.
Vale a pena agora pôr os pés em terra e saborear uma boa lareira.
Vale a pena agora olhar em frente e saborear a flor do solstício.
Vale a pena agora voltarmos a olhar os que amamos para entender o amor como ele é: misterioso, real, profundo, envolvente e ancestral na nossa condição própria de amar.
Permitam-me que hoje escreva com este tom, com esta legenda sentimental e com este abreviado e penetrante sentido de pertença.
Bom Natal para todos! (ver post fotográfico de boas festas mais abaixo)