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sexta-feira, 17 de dezembro de 2004

Agora mesmo

vejo a noite a transformar-se em oceano de sombras, lusco-fusco esquecido nas soleiras de alvenaria que dão para o pátio, glicínias sob o manto denso do maracujá ainda enleado à trave de metal que mais parece um remo a escapar-se entre brumas. Até amanhã.