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segunda-feira, 19 de abril de 2004

Sem comentários

Vale a pena ler este extracto da entrevista a Omar Bakri Mohammed, “teórico da al-Qaeda”, publicada ontem no Público:

- Como sabemos que um atentado é realmente da AI-Qaeda?
- É fácil. Em primeiro lugar são sempre operações em grande escala. O texto divino é claro quanto à necessidade de provocar "o máximo dano possível". O operacional tem portanto de certificar-se de que mata o maior número de pessoas que pode matar. Se não o fizer, espera-o o fogo do Inferno. Em segundo lugar, a Al-Qaeda deixa sempre uma impressão digital: uma pista, como um carro com um Corão ou uma cassete, para ser encontrado pela Polícia. Terceiro, os ataques são feitos em dois ou três lugares ao mesmo tempo. Finalmente, a linguagem. Nos comunicados, basta ler uma frase para se reconhecer o seu rigor teórico: não há nenhum sinal de nacionalismo, não se dizem árabes, nem palestinianos, apenas muçulmanos. Falam sempre do martírio, da morte.
- O que pretende a Al-Qaeda?
- O terror. Estão empenhados numa jihad defensiva, contra os que atacaram o Islão. E a longo prazo querem restabelecer o estado islâmico, o califado. E converter o mundo inteiro.


Este mártir retórico vive pacificamente em Londres e goza das liberdades concedidas pela democracia.
E lá vai dizendo estas barbaridades.