Humores
Apresentadores da edição de 1968 (La, La, La de Massiel ganhou então na Eurovisão)
Humor, humor, humor, tem isso tudo que aparece tão bem descrito no post do Homem a Dias (que eu muito prezo), mas sobretudo se visto em contraste com os festivais da canção do senhor Ramiro Valadão dos idos de 1973 para trás (as coisas andavam muito ligadas, nessa altura). Ver uns e outros, juntá-los, amalgamá-los, contrastá-los a preto e branco, isso sim, é quase tão fotogenicamente cómico como os Inimigos Públicos e os felinos ruços de hoje. E se víssemos o telejornais dos tempos de D. Maria II cruzados com os directos da revolução descrita por Fernão Lopes, então é que a malta rebolaria a rir, pelo menos quase tanto como o fazemos hoje, em massa, diante da SIC Radical de Carnaxide. Bom, bom, é apalpar o vazio doutros tempos e abraçá-lo depois como se fosse a pelugem desnudada do nosso próprio contendor silencioso e informe. Difícil, difícil, é apalpar os vazios que nos circundam hoje. Cada um com o seu fantasma (hipótese de Mr. W, ver post acima), todos, todos com Sical.