Writing: dia um
Quando empresto a mim mesmo um plano de trabalho, neste caso alguns dias só para escrever, tudo, de início, começa mal. Para simular que assim não é, dou um nome ao mal que me invade. Chamo-lhe ritmo, i.e., a falta dele. A vida estranha fazer apenas uma coisa, quando a possibilidade corresponde ao desejo e, sem mais, se torna possível realizá-la. Amanhã vai tudo correr melhor. Sei que é assim. Fiquemos hoje pelas leituras, bravuras e conjecturas. Afinal, corrigir e reescrever (onde for preciso) umas duas centenas de páginas não é o mesmo que começar do zero. Gostava mais dessa fase, a lockiana. A partir do nada e a apontar baterias para o tremendamente incerto. Ainda por cima com a benção do sol a inundar a quase exiguidade deste escritório (em Abril, ou Maio, mudarei de casa; é o que vale).