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terça-feira, 24 de fevereiro de 2004

Confissão

Hoje vi um noevoeiro venezianamente irreal. Sobrevoava um minúsculo rio e não lhe cobria as margens. Acamava-lhe o corpo tal como um cálamo entrevê o seu próprio murmúrio. Era tempo de lusco-fusco e eu creio que os sátiros andariam por perto.