Traduções em curso
Tenho escrito um pouco menos aqui no blogue por estar a adaptar um romance dos anos sessenta a argumento cinematográfico. Reinventar plots, recentrar contracampos, expandir personagens, projectar situações, inventar visibilidades, gerir sequências narrativas, cortar os pontos mortos, depurar descrições, calibrar ritmos, ponderar toadas poéticas e acertar o passo nas palavras. Adaptar ao cinema é traduzir, é transpor conteúdos de um mundo para outro, é intertextualizar modos de dizer e modos de não dizer. Adaptar ao cinema é dissuadir a tragédia da impossibilidade. É escrever e calar (por agora).