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segunda-feira, 19 de janeiro de 2004

A cupidez dos másculos

Nos jornais do fim-de-semana vi escrito um habitual e repetido slogan do PCP: "Não são as pessoas que interessam" (era a propósito de Manuel Maria Carrilho). Poderia parecer mero ruído como tudo o que vem desse sector político. E é de facto; mas não o é apenas. Pois, quando se repete exaustivamente que as pessoas não contam e o que conta, afinal, são as abstracções que cabem na cabeça de alguns e que são tidas pelos ditos cujos como puras e perfeitas (a velha "superioridade moral dos comunistas"), é porque estamos no reino da mais insopurtável intolerância. Assinale-se tamanha cupidez.