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quarta-feira, 17 de dezembro de 2003

Limbos quotidianos

A espessura do tempo. Um bloco entre o olhar e tudo aquilo que se imaginou mais alto. Asas de anjos ou a simples noite, quando nos avisa que não é ainda tempo de roseiras. E, no entanto, o ar quente a subir pelas fachadas, a escalar pelas varandas vazias, a penetrar nos terraços intensos e brancos. No fundo, é a leveza da cidade a sobrevoar as suas próprias nuvens.
Dir-se-ia: Ceci n´est pas le temps.