Tácticas de flâneur
Open Democracy
De novo um dia tremendamente azul. O fluir da luminosidade. Um instante a roçar o desejo que logo se subsume ao istmo fugaz da partida. Vou de novo entrar no carro. Sigo para o IADE. Desta vez, vou falar de Walter Benjamin. Almoçarei tarde. Depois, enfim, há que saber percorrer o itinerário dos possíveis. O espaldar dos reencontros. É verdadade: recebi ontem o convite para participar num livro de contos fantásticos. Com mais oito escritores. Não esmiuçarei agora grandes detalhes, até porque não sei se vou participar com uma coisa já feita (tenho várias adequadas), ou se me ponho a ruminar uma nova. Talvez o flâneur que logo à tarde se irá perder em Lisboa, entre aulas, acabe por sentir algum repente inesperado e sábio. Quem sabe!