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quinta-feira, 23 de outubro de 2003

Big Pipi

Acabei de chegar do mais famoso lançamento do ano. Pipi das meias alvas, tão alvas e diáfanas que nele (é um ele) a transparência cheira a uma espécie de Godot em sentido contrário. O primeiro nunca mais chegava, este nunca mais encarna; o primeiro era latente, este é um sempre ausente. Excepto, entre muitos outros, no belo texto (evangélico) em que o tema da revelação das putas nos surge como um dos grandes momentos literários do novo milénio. Depois da vaga tristonha e cinzenta de tez saramaguês, eis que surge agora a vaga nobel em plena rebentação e sem necessidade de Academia. Dos blogues se fez carne e do verbo se fez peixe encarniçado a saber a sumo espesso de leite, a refogado e sobretudo a riso.
E lá conheci a Charlotte de xadrez à porta do Maxime (que saúdo e a quem dou os meus parabéns pela causa Pipi).