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sexta-feira, 10 de outubro de 2003

Abre los ojos

Do outro lado da mata, um candeeiro perdido na escuridão. Espécie de aceno, de apelo ou de pergunta.
Escolho a pergunta. Aquela que não consigo sequer imaginar.
Das respostas que para essa pergunta se tentassem encontrar, ao longo de anos, dependeriam mundos. Mas nada disso irá acontecer. Puro vaticínio. Puro jogo noctívago.
Deixemo-nos, pois, a sós com a luz do candeeiro. Apenas com ela, do outro lado do olhar. Do outro lado da mata onde a escuridão abriu a sombra que agora se prolonga na noite.