Culturas, imaginários, etc.
Hoje em dia, ao falarmos de comunidade, ou de cultura, já estamos sempre a falar de uma amálgama social que se está a transpor para o domínio da rede complexa que interage, de modo cruzado e quase sempre imprevisto, no local, no global, no regional, on ou off-line. O imaginário está a tornar-se numa inteligibilidade cada vez mais fragmentária e dispersa que é partilhada por crescentes homogeneidades (imagens de imagens) que tentam resistir às identidades fundamentalistas, aos campos hiperdefinidos, às cascatas de representações locais, às áreas de fragmentação e aos hibridismos regionais. Neste processo de tensões diversificadas, muitas vezes mais célere do que a própria capacidade para produzir discursos que o explicassem, o imaginário torna-se no interface algo fluido que permite ainda assim equilibrar a grande que se faz sentir cada vez mais entre verdade e sentido.