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quarta-feira, 6 de agosto de 2003

Não entendo por que razão tenho que receber, via mail, páginas de blogues. Há quem não entenda o que significa a rede e, por isso mesmo, a entenda como uma permanente acção de marketing ontológico, ou tão-só, como uma mera ansiedade ostentatória de dar a ver-se e a ler-se. Pois bem, deixem os blogueadores visitar aquilo que realmente lhes apetece visitar ! Enfim, deixemos de lado o desabafo.

Contra a corrente, prefiro retomar a felicidade da pausa e o equilíbrio leve e sem formas que advém do calor. Viva o Verão ! Climaticamente incorrecto, eu sei. Tenho assistido a brigas conjugais por razões térmicas. Onde chegam já as patologias ! Deixem o paraíso permancer na terra por uns dias, depois terão invernos e invernos para hibernar e para apenas protagonizar o lado prático da vida. Entretanto, permitam-me segradar quanto adoro a pausa do estio, esta doce sensação de não pertencer. De estar alhures. Caminhar em via sem nome, apenas atento à preguiça e às sonoridades; apenas atento ao devaneio e às estrelas da inspiração.