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quarta-feira, 13 de agosto de 2003

Há menos de uma semana, o jornal Avante desatou a elogiar de forma frenética a figura de Estaline. De facto, o PCP não entende, nem nunca entenderá que a mais visceral intolerância, que o fascismo impiedoso, ao lado do de Hitler, fica irremediavelmente colado a Estaline, à antiga URSS e às suas memórias trágicas. Com o pretexto de criar um paraíso na terra - após as pretensões milenarmente repetidas dos que impositivamente diziam acreditar dum paraíso no céu - a antiga URSS pintava com cores fraternas o que era, hoje não há dúvidas, um ninho de barbárie. Leiamos um pouco desse texto do Avante de 7/8:

"O 50º aniversário da morte de Estaline (05.03.1953) foi comemorado sem indiferença e com respeito na antiga URSS, mas noutros países com o habitual «grande espectáculo» que os «media» ocidentais costumam dedicar a todos os acontecimentos em que Estaline se distingue. Uma vez mais, vieram à baila os muitos milhões que teria mandado executar e, enfim, toda uma série de horrores a que a História, a verdadeira, não consente aval. O nome do escritor Alexandr Solzhenitsyn oferece constante fonte de apoio a todos os especuladores na matéria. A sua afirmação de que os «excessos» de Estaline teriam conduzido milhões de pessoas à morte, serve-lhes às mil maravilhas. Mas parece que as coisas não foram bem assim..."(...)"A acção de Estaline fez tremer os imperialistas (e ainda faz ...)"(...)" Os «kulaks», obviamente, foram liquidados como classe social. Mais tarde, em 1935, Estaline tinha, ainda, esta famosa conclusão para nos dar: «Deve compreender-se que de todas as preciosas formas de capital que existem no mundo, a mais decisiva é formada pelos homens e, entre estes, a mais preciosa são os quadros partidários»."

Quem não entende - e não quer ver - o que está ali mesmo diante dos seus olhos é fóssil, fossiliza, fossilizou há muito. Os meus pêsames ao fóssil.