sexta-feira, 9 de janeiro de 2004

Batel

Que supremo prazer este dos blogues, sobretudo para poder exprimir, quando tal apetece, que nada existe de facto a dizer e para dizer. Fique o registo e o embuste pronunciados mesmo em frente do vidro duplo da janela por onde deslizam manchas de uma humidade lustrosa e espessa, navegantes de águas bravas e praticantes de aleivosias ao sabor do céu escuro e ainda mais opaco e mudo do que o fio incerto destas letras. No fundo do cenário, por entre os candeeiros que são raros, suspende-se a talha dourada mais apetecível e que é, vá-se lá saber porquê, o riso próprio de quem escreve estes mil dislates a meio da noite. Ainda dizem que neste país de batéis o que reina é o pessimismo!